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A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) prendeu um homem de 57 anos suspeito de estuprar a enteada de 16 anos, no município de Milagres, na Área Integrada de Segurança 19 (AIS 19). De acordo com as investigações da Delegacia Municipal de Milagres, os abusos iniciaram, quando a adolescente tinha nove anos, com o pai biológico da garota, hoje falecido, e se sucederam quando a mãe dela passou a morar junto com o padrasto, aos 14 anos. A mãe da jovem, de 51 anos, também foi indiciada pelo crime por ter se omitido no caso.
Ao longo do mês de abril, os policiais civis do município de Milagres interrogaram diversas testemunhas, além de colher depoimentos da mãe da garota e do suspeito do estupro de vulnerável contra a adolescente. O padrasto, que possui antecedentes por ameaça e violência doméstica, nega as acusações da vítima. Enquanto a mãe diz não ter percebido os abusos.
O caso chegou até os policiais por meio de denúncia feita pelo Conselho Tutelar do município. A vítima relatou parte dos abusos em uma carta redigida e entregue à coordenação da escola em que a garota estuda. Em seguida, o colégio encaminhou a carta para o conselho tutelar. Além dos abusos, na carta, a adolescente relata ainda mutilações cometidas no próprio corpo, com o uso de estilete, e que perdeu a virgindade com o pai biológico. Em depoimento, a garota declarou que recebia ameaças do padrasto e que teria contado os abusos para sua mãe, mas ela não teria acreditado na versão dela.
Diante da gravidade do caso e pelo fato de a garota morar na mesma casa da mãe, o titular da Delegacia de Milagres, Gleydson Machado, solicitou a prisão temporária do padrasto, já o Ministério Público pediu a guarda provisória da adolescente aos cuidados de um responsável. “Os laudos periciais confirmaram a relação sexual e as autolesões com estilete decorrentes dos danos psicológicos a ela”, disse o delegado.
A prisão do padrasto aconteceu no dia 7 de abril, dois dias depois que a denúncia chegou até a delegacia. No dia 15, o juiz da comarca de Milagres atendeu o pedido de guarda provisória para um responsável. A Polícia Civil aguarda o pedido de conversão da prisão temporária em preventiva.
* A SSPDS não divulga o nome do preso para preservar a identidade da vítima.
Fonte : Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social – SSPDS
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