Secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, governador Camilo Santana e o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, durante coletiva (Foto: Aurélio Alves / Especial para O POVO) |
O prognóstico positivo de chuvas para o trimestre, que vai de fevereiro a abril próximos, alerta para possibilidade de precipitação irregular no Centro-Sul do Ceará. Ainda assim, os números são os melhores apresentados nos últimos 10 anos. A probabilidade de chuva acima da média é de 40%, 35% em torno do normal e 25% abaixo.
Para o governador Camilo Santana, os dados apresentados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) não refletem menos preocupação. "Mesmo chovendo acima da média, vai depender muito da intensidade e da forma que a chuva vier. O cenário vai depender das condições da chuva desses três meses", afirmou na coletiva realizada nesta manhã, no Palácio da Abolição.
O secretário de Recursos Hídricos do Estado, Francisco Teixeira, diz que a recomendação é continuar com o trabalho de segurar a água que existe nos reservatórios. "O lema da água hoje é fazer mais com menos. Vamos rezar para Deus que a previsão se concretize".
Camilo Santana lembrou de ações como os 400 km de adutoras construídas ao longo dos últimos três anos, além da perfuração de poços no Pecém e em Fortaleza e do reuso da água da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Gavião, localizada em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), junto ao manancial.
O contigenciamento, que reduziu em 18% o consumo de água em Fortaleza, também foi destacado. "Todas essas ações que o Estado fez nos garantiu uma economia de quase 300 milhões de m³ de água por ano", afirmou.
"Ao invés de ir para o mar, essa água foi barrada em pontos dos rios Jaguaribe e Banabuiu, que jogaram essa água para Pacajus e Pacoti", afirma o presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Neuri Freitas. "Neste ano, nossa ideia é ter um bombeamento da barragem do Cocó levando de volta essa água para a ETA Gavião"
Mesmo que a chuva seja maior na região Norte, o Sul do Estado não deverá ser de estiagem. É o que acredita João Lúcio Farias, presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). "Tudo vai depender disso: chuva, vazão e aporte aos reservatórios", diz. "Se realmente tiver vazão, não é considerada seca".
Além de Camilo Santana, Francisco Teixeira e Neuri Freitas, o evento contou com a participação de outros representantes de órgãos voltados aos trabalhos de Segurança Hídrica no Ceará, como a Cogerh, a Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) e a Defesa Civil.
Uma atualização do prognóstico, abrangendo os meses de março, abril e maio, será divulgado em fevereiro próximo.
Com Informações do O POVO Online
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