O presidente estadual do PSDB, Luiz Pontes, disse que o senador Eunício Oliveira (PMDB) tem até o fim de novembro para decidir quem vai apoiar nas eleições do próximo ano. “Ele precisa dar um rumo na vida dele. A gente tem que saber se ele vai dar apoio ao Lula ou não”, afirmou Pontes.
O prazo seria o limite estabelecido pelos partidos de oposição para definir, com tranquilidade, os prováveis nomes para a disputa do Governo Estadual e de vaga no Senado em 2018. A situação, segundo Pontes, já foi discutida, inclusive, o vice-presidente do PMDB no Ceará, Gaudêncio Lucena.
“O Eunício está na nossa chapa, só que as últimas declarações mostram que ele está querendo se afastar. Ninguém vai esperar até o próximo ano. Ele tem que definir isso logo para gente se preparar”, reiterou o tucano, dizendo que a decisão é partilhada por outras siglas como o PR e o Solidariedade.
Na última quinta-feira, 19, o presidente do Senado declarou ao O POVO apoio a Lula, caso não haja “um entendimento nacional” ou “aliança local”. Para Pontes, não há a “mínima possibilidade” de dividir palanque com um candidato que se alie ao ex-presidente pelo PT.
Pontes também classificou como “pública e notória” a aproximação de Eunício com o governador Camilo Santana (PT), o que cria ainda mais dúvidas na oposição sobre o futuro do presidente do Senado. Para Luiz Pontes, a oposição precisa definir com certa urgência os nomes para a eleições de 2018, para barrar a tentativa de Camilo Santana de “cooptar lideranças no interior”. Para o PSDB, a candidatura de Tasso Jereissati para o Governo Estadual não é descartada.
Para Gaudêncio Lucena, houve má-interpretação na declaração de Eunício Oliveira. “O que ele tem dito e reafirmado é que o Tasso como candidato ao Governo e ele será o candidato a senador pela oposição. Isso é claro e cristalino”, defendeu o vice-presidente estadual do PMDB.
Sobre a aproximação com Camilo, Gaudêncio minimiza dizendo que até agora o que tem havido são encontros institucionais, mas defende não descarta. “Em política nada é impossível. Mas a nossa prioridade é nos mantermos juntos aos partidos de oposição”, declarou.
(O POVO -Repórter Rômulo Costa)
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