Ceará tem maior probabilidade de ter chuva dentro da média em 2017




O Ceará tem 40% de probabilidade de a quadra chuvosa ser em torno da média histórica em 2017, nos meses de fevereiro, março e abril. Há probabilidades de 30% de chuva acima da média e 30% de chuva abaixo da média. O primeiro prognóstico de 2017 foi apresentado pelo presidente da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), Eduardo Sávio Martins, no Palácio da Abolição na manhã desta quarta-feira (18).

Foram apresentadas as probabilidades em três categorias: abaixo, em torno e acima da média histórica, referentes ao acumulado de precipitações nos três primeiros meses da quadra chuvosa. Em fevereiro, a Funceme elabora e divulga novo prognóstico fazendo referência aos meses de março, abril e maio.

As chances de ocorrer cada um dos três cenários na quadra chuvosa 2017 são muito próximas, diferente do primeiro prognóstico de 2016, que previa 65% de probabiliade de ter quadra chuvosa abaixo da média histórica. Na mesma previsão, a possibilidade de precipitações na média normal foi de 25%, e a chance de ter chuva acima da média era de apenas 10%.

Pior seca desde 1910

O Ceará enfrentou, em 2016, o quinto ano seguido de seca, considerada a pior seca prolongada desde 1910. Conforme a Funceme, não há registros de seis anos consecutivos de seca no estado.

Entre 1910 e 2016 somente em duas ocasiões o Ceará teve cinco anos consecutivos de seca: de 1979 a 1983 e de 2012 a 2016. Esse levantamento foi realizado pelo meteorologista David Ferran, da Funceme.

O Ceará dispõe de somente 6,4% de água disponível nos 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Há um ano, no dia 18 de janeiro de 2016, os reservatórios estavam com 12,8% da capacidade total.

Apesar das chuvas registradas em janeiro, chamadas de chuvas de pré-estação, não há relação com a quadra chuvosa, já que diferentes sistemas atuam na formação de nuvens de chuva sobre o estado. "Se fosse assim, janeiro de 2016 tinha indicado uma boa quadra chuvosa, e não foi isso que aconteceu", reforça o presidente da Funceme.



Com informações do G1

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