Foto:Reprodução |
Depoimentos de várias testemunhas da Chacina da Messejana à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) sobre as ações dos PMs na Travessa Francisco Guimarães e na Rua Elza Leite Albuquerque têm um ponto em comum: os policiais invadiam as casas, agrediam os moradores e perguntavam onde estava Robério.
O Robério a que se referiam é Antônio Robério Aquino, de 21 anos. Ele era apontado como chefe do tráfico de drogas da região. No dia da chacina, ele foi procurado pois teria conhecimento sobre os autores da morte do policial militar Valtemberg Serpa Chaves, poucas horas antes, em um assalto, na Lagoa Redonda.
O próprio Robério relatou em depoimento à CGD, no dia 25 de janeiro último, como presenciou a chegada da Polícia na madrugada do dia 12 e fugiu do local temendo ser morto. Ele disse ainda que ligou para sua mãe e um policial atendeu. "Ei macho véi (sic), aqui é a Polícia. Mataram um amigo nosso e tu sabe quem foi. Se tu não der conta do cara que deu os tiros no policial, vai acontecer uma onda". O recado para Robério, conforme o relato dele na CGD, estava claro: os policiais iriam "fazer uma limpeza na área, matar várias pessoas".
Extorsão
Durante o depoimento, o homem apontado como o chefe do tráfico do São Miguel disse que foi extorquido duas semanas antes da chacina por policiais e teve que pagar R$ 50 mil para não ir para a cadeia. Os homens mostraram um mandado de prisão com o nome dele. O dinheiro, segundo Robério, foi emprestado pela mãe. Na sessão de tortura contra Bruce (ver matéria principal), foi extorquido de novo.
Robério morreu em julho deste ano, em uma operação de combate ao tráfico de drogas. Policiais civis o prenderam no bairro Ancuri. De lá seguiram para a casa dele, na Travessa Francisco Guimarães, onde as drogas estariam escondidas. Na versão da Polícia, Robério teria tentado tomar a arma de um inspetor e acabou morto com um tiro na perna, que atingiu a veia femoral. A morte dele está sendo investigada pela CGD.
Fonte: Diário do Nordeste
O Robério a que se referiam é Antônio Robério Aquino, de 21 anos. Ele era apontado como chefe do tráfico de drogas da região. No dia da chacina, ele foi procurado pois teria conhecimento sobre os autores da morte do policial militar Valtemberg Serpa Chaves, poucas horas antes, em um assalto, na Lagoa Redonda.
O próprio Robério relatou em depoimento à CGD, no dia 25 de janeiro último, como presenciou a chegada da Polícia na madrugada do dia 12 e fugiu do local temendo ser morto. Ele disse ainda que ligou para sua mãe e um policial atendeu. "Ei macho véi (sic), aqui é a Polícia. Mataram um amigo nosso e tu sabe quem foi. Se tu não der conta do cara que deu os tiros no policial, vai acontecer uma onda". O recado para Robério, conforme o relato dele na CGD, estava claro: os policiais iriam "fazer uma limpeza na área, matar várias pessoas".
Extorsão
Durante o depoimento, o homem apontado como o chefe do tráfico do São Miguel disse que foi extorquido duas semanas antes da chacina por policiais e teve que pagar R$ 50 mil para não ir para a cadeia. Os homens mostraram um mandado de prisão com o nome dele. O dinheiro, segundo Robério, foi emprestado pela mãe. Na sessão de tortura contra Bruce (ver matéria principal), foi extorquido de novo.
Robério morreu em julho deste ano, em uma operação de combate ao tráfico de drogas. Policiais civis o prenderam no bairro Ancuri. De lá seguiram para a casa dele, na Travessa Francisco Guimarães, onde as drogas estariam escondidas. Na versão da Polícia, Robério teria tentado tomar a arma de um inspetor e acabou morto com um tiro na perna, que atingiu a veia femoral. A morte dele está sendo investigada pela CGD.
Fonte: Diário do Nordeste
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