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Adotada desde 2003 no Brasil, a política de valorização do salário mínimo pode chegar ao fim. A medida é estudada pelo presidente em exercício, Michel Temer, e sua equipe econômica.
Além de avaliar acabar com o indexador do mínimo, o governo defende outras medidas consideradas impopulares, tais como remanejar receitas da saúde e da educação para outras áreas e restringir o abono salarial.
Envolta em polêmicas, a proposta de emenda constitucional (PEC) que restringe o crescimento das despesas federais à variação da inflação do ano anterior ainda não foi aprovada.
Durante discurso na cerimônia de posse do novo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfain, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a proposta será levada ao parlamento nesta quarta-feira, 15, e deverá ter caráter temporário.
"Não se pode subestimar a importância do que será proposto ao Congresso. A fixação do teto (para as despesas), se for aprovada, conseguirá reduzir de forma progressiva e permanente a percepção de risco", avalia Meirelles.
Técnicos da fazenda, no entanto, indicaram ao governo que a fixação do teto do gasto público não será suficiente para equilibrar as contas públicas.
Para o ministro, o País precisa superar a deterioração na economia e retomar a trajetória de crescimento. "Não será uma tarefa fácil. Há muito o que fazer, mas temos a confiança de que diagnósticos apropriados e medidas corretivas aplicadas pelo tempo que se fizer necessário irão restaurar a confiança dos agentes nas contas públicas e permitirão que a economia ingresse em um novo ciclo de crescimento sustentável", defendeu.
Redação O POVO Online
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