Cai trabalho infantojuvenil no Ceará em oito anos (Foto: Reprodução) |
Embora as ações de combate ao trabalho infantojuvenil implantadas no Ceará, desde 2008, tenham reduzido em 50% o número de crianças e adolescentes em situação de trabalho irregular, ainda existem quase 145 mil delas, entre 5 e 17 anos de idade, nessa situação, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad 2014). O Estado caiu da 3ª para a 16ª posição entre os estados com maior incidência de exploração do trabalho infantil, mas precisa enfrentar um longo caminho até a erradicação do problema.
Para construir o Plano Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, meta a ser alcançada até 2020, o Ministério Público do Trabalho (MPT-CE) promove, desde ontem, a I Conferência Estadual sobre Trabalho Infantil do Ceará, resultado das oito conferências regionais realizadas em todo o Estado nos últimos meses. Cada evento elegeu 40 delegados para levarem e debaterem novas propostas na conferência geral.
Frequente
Antonio de Oliveira Lima, procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) e gerente nacional do Programa MPT na Escola, explica que, das 145 mil crianças em situação de trabalho no Ceará, 80% têm entre 14 e 17 anos. Em sua maioria, são meninos, embora, no trabalho doméstico, a presença de meninas seja mais frequente.
"O problema tem se verificado principalmente entre os adolescentes. A evasão escolar deles chega a ser de 30%, três vezes maior do que as crianças que não trabalham", afirma.
Fonte: Diário do Nordeste
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