Primeiro trimestre registrou média de 515,8 mm na Bacia do Salgado (Foto: Alberto Medeiros) |
O primeiro trimestre do ano registrou chuvas acima do esperado na Bacia do Salgado. Dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) apontam que, entre janeiro e março, a incidência média foi de 515,8 mm. O número está acima da média histórica para o período, que é de 512 mm. Em todo Ceará, o número ficou 16% menor que o esperado, conforme previsto pelo prognóstico lançado anteriormente pelo órgão. Com isso, a probabilidade é que, para o próximo trimestre, o estado permaneça com poucas precipitações.
Dos municípios que compõem o Cariri, Granjeiro, Abaiara e Várzea Alegre apresentaram maior incidência de chuvas. Foram 769,6 mm, 730 mm e 719,5 mm, respectivamente. No triângulo Crajubar, composto por Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, as precipitações registraram 646,8 mm, 511 mm e 611 mm. Os números, como destacou Alberto Medeiros, gerente regional da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), contribuem para o aquífero, que abastece municípios da região. Com as chuvas caindo devagar, sem alagamentos e enchentes, a água se infiltra no solo e eleva os níveis de abastecimento.
Apesar de bons resultados em alguns municípios, as chuvas não têm sido suficientes para recuperar todos os reservatórios caririenses. Como exemplo, os açudes Thomás Osternes, em Crato, e Manuel Balbino, em Juazeiro do Norte, registraram um pequeno aumento em sua capacidade: 2,1% e 0.47%, respectivamente. Por outro lado, açudes como Olho d’Água, em Várzea Alegre, e Rosário, em Lavras da Mangabeira, apresentaram melhores resultados. Esse está chegando a 50% de sua capacidade e aquele saltou de 13% para 33% de seu total.
Conforme anunciado pela Funceme, uma nova previsão aponta 70% de chances de o Estado ter chuvas abaixo da média nos próximos três meses. O principal colaborador para o acontecimento é a atuação do El Niño, que impacta negativamente o regime de chuvas do Estado, principalmente entre abril e maio. Segundo o presidente do órgão, Eduardo Sávio Martins, o esperado é a preparação para um cenário mais complicado e a conscientização da população, que deve fazer uso responsável da água, já que os açudes cearenses estão com média de apenas 12,7% de sua capacidade total.
Fonte: Jornal do Cariri
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