Estátua de Padre Cícero em Juazeiro do Norte (Foto: Leo Correa/Associated Press) |
Mal estourou a notícia de que a Igreja Católica havia se reconciliado com Padre Cícero, no último domingo, 13, e já voltaram à tona debates efervescidos sobre o processo de beatificação e de sequente canonização do fundador e primeiro prefeito de Juazeiro do Norte, a quem é atribuído o “milagre da hóstia”. Entretanto, a Diocese de Crato ainda não cogita abrir comissão de estudo para o pedido de beatificação. Quem deu a informação foi o chanceler da diocese, Armando Lopes Rafael.
Para o chanceler, que também é historiador, o importante, neste momento, é a atitude do papa Francisco, que, em vez de conceder a reabilitação do padre, decidiu que a Igreja se reconciliaria com a sua herança espiritual. A determinação do pontífice ocorreu, conforme carta enviada por seu secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, após compreender que o afeto popular que cerca a figura do romeiro é “alicerce forte para a solidificação da fé católica no ânimo do povo nordestino”.
O pedido de reabilitação foi feito pelo bispo dom Fernando Panico, da diocese de Crato, em 2006, quando Bento XVI ainda comandava, do Vaticano, a Igreja Católica. “Ele (o Padre Cícero) morreu suspenso de ordens. Não celebrava (missas), não batizava, não casava. Entretanto, a fama dele só cresceu”, detalhou Armando. A restrição à pregação do padre foi por conta do milagre que acreditam ter acontecido em 6 de março de 1889. Contam que, na ocasião, quando o “Padim” foi comungar Maria de Araújo, a hóstia desmanchou-se em sangue na boca da beata.
Antes de ser suspenso, porém, Padre Cícero recebeu outras punições, como censuras e “recomendações” de deixar Juazeiro. Sobre uma possível excomunhão, o chanceler Armando Rafael disse ter sido “apenas por uma temporada”. “O bispo (na época, dom Joaquim José Vieira) achou (a punição) tão pesada que a engavetou”, esclareceu.
Aprovação da fé
Para chegar à condição de canonizada, ou seja, “santa”, a figura de Padre Cícero precisa passar por um criterioso processo que envolve peritos, médicos, bispos, cardeais e o próprio papa. “O romeiro do padre Cícero não está preocupado com essa questão porque, para ele, o padre é santo”, considera Armando. Se efetivamente muda alguma coisa com a divulgação da reconciliação, segundo o chanceler, é que “o romeiro, agora, pode dizer: eu estava certo. A Igreja aprova minha fé”.
Reabilitação seria devolver a Padre Cícero a possibilidade de dar ordens, de celebrar. Reconciliação é a Igreja reconhecer os feitos do Padre na propagação da fé católica e permitir, assim, que os devotos do romeiro tenham sua fé “aprovada” pelo Vaticano.
Fonte: O Povo
Para o chanceler, que também é historiador, o importante, neste momento, é a atitude do papa Francisco, que, em vez de conceder a reabilitação do padre, decidiu que a Igreja se reconciliaria com a sua herança espiritual. A determinação do pontífice ocorreu, conforme carta enviada por seu secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, após compreender que o afeto popular que cerca a figura do romeiro é “alicerce forte para a solidificação da fé católica no ânimo do povo nordestino”.
O pedido de reabilitação foi feito pelo bispo dom Fernando Panico, da diocese de Crato, em 2006, quando Bento XVI ainda comandava, do Vaticano, a Igreja Católica. “Ele (o Padre Cícero) morreu suspenso de ordens. Não celebrava (missas), não batizava, não casava. Entretanto, a fama dele só cresceu”, detalhou Armando. A restrição à pregação do padre foi por conta do milagre que acreditam ter acontecido em 6 de março de 1889. Contam que, na ocasião, quando o “Padim” foi comungar Maria de Araújo, a hóstia desmanchou-se em sangue na boca da beata.
Antes de ser suspenso, porém, Padre Cícero recebeu outras punições, como censuras e “recomendações” de deixar Juazeiro. Sobre uma possível excomunhão, o chanceler Armando Rafael disse ter sido “apenas por uma temporada”. “O bispo (na época, dom Joaquim José Vieira) achou (a punição) tão pesada que a engavetou”, esclareceu.
Aprovação da fé
Para chegar à condição de canonizada, ou seja, “santa”, a figura de Padre Cícero precisa passar por um criterioso processo que envolve peritos, médicos, bispos, cardeais e o próprio papa. “O romeiro do padre Cícero não está preocupado com essa questão porque, para ele, o padre é santo”, considera Armando. Se efetivamente muda alguma coisa com a divulgação da reconciliação, segundo o chanceler, é que “o romeiro, agora, pode dizer: eu estava certo. A Igreja aprova minha fé”.
Reabilitação seria devolver a Padre Cícero a possibilidade de dar ordens, de celebrar. Reconciliação é a Igreja reconhecer os feitos do Padre na propagação da fé católica e permitir, assim, que os devotos do romeiro tenham sua fé “aprovada” pelo Vaticano.
Fonte: O Povo
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