Foto: Diario do Nordeste |
A
crise no grupo político do Prefeito Hellosman Sampaio (PMDB), evidenciado na
sessão extraordinária da Câmara Municipal que aprovou o parecer desfavorável do
TCM das contas de governo de 2012 de sua responsabilidade, repercute na
imprensa regional.
Pela
segunda vez, em menos de quinze dias, o presidente da Câmara Municipal,
Ubelardo dos Santos (PMDB), votou contra a orientação do prefeito, evidenciando
um possível rompimento político entre os dois.
O
jornalista político Madson Vagner, que assina semanalmente uma coluna no Jornal
do Cariri e escreve também para sites como Miséria e Ceará News 7, comentou em
seu blog a votação da última sexta-feira da Câmara Municipal de Milagres, já
considerando Ubelardo dos Santos como ex-aliado do prefeito. Segundo ele,
Ubelardo rompeu com o gestor desde que foi descartado como possível nome para
sucessão de 2016.
“Hellosman
paga um alto preço pelo descarte precoce do nome de Ubelardo. Essa é a segunda
grande derrota do prefeito em menos de 15 dias, sob o comando do presidente. A
primeira foi com uma dívida da Previmil, quando a Câmara não permitiu o
parcelamento de mais R$ 200 mil”, escreveu o jornalista.
Apesar
das duas votações em que contrariou a orientação de Hellosman Sampaio, Ubelardo
dos Santos não declarou publicamente que tenha rompido politicamente com o prefeito.
Em
entrevista concedida no último sábado a Rádio Onda Sul FM, o prefeito Hellosman
também não afirmou ter rompido com o presidente da Câmara, mas demonstrou
insatisfação com o trabalho de Ubelardo na condução do processo de votação de
suas contas de governo. “Não é possível que se trabalhe com tanta injustiça
como ele [Ubelardo] trabalhou na votação dessas contas, um interesse acima de
tudo de me prejudicar”, afirmou.
Hellosman
Sampaio ainda disse que Ubelardo nunca foi de oposição e que a oposição não
acredita nele. “Ele [Ubelardo] contrariou todas as orientações do partido, a
fidelidade partidária existe”, lembrou o atual gestor.
Ainda
na entrevista, o Prefeito Hellosman disse que vai tentar na justiça anular a
sessão da Câmara Municipal que aprovou o parecer do TCM que o tornou inelegível
por oito anos.
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